segunda-feira, 30 de julho de 2012

Nossa! (haja português neste diálogo, hein?)

Certa vez, um ladrão foi roubar galinhas
justamente na casa do escritor Rui Barbosa.
O ladrão pulou o muro, e cercou as galinhas.
Naquele alvoroço, Rui Barbosa acordou de seu
profundo sono, e se digirigiu até o galinheiro.
Lá chegando, viu o ladrão já com uma de suas
galinhas, e disse:
"-Não é pelo bico-de-bípede, nem pelo valor
intrínsico do galináceo; mas por ousares transpor
os umbrais de minha residência. Se for por mera
ignorância, perdôo-te. Mas se for para abusar de
minha alma prosopopéia, juro-te pelos tacões
metabólicos de meus calçados, que darte-ei tamanha
bordoada, que transformarei sua massa encefálica,
em cinzas cadavéricas."
O ladrão todo sem graça se virou e disse:
"-Cumé seu Rui, posso levar a galinha ou não???"

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